
Definida a questão da origem entre pensamento e diálogo, é necessário deixá-la na sua própria significância e passar ao papel crítico do diálogo na construção daquilo que passamos a ser como indivíduos e como participantes da sociedade que acolhe e desenvolve o conhecimento.
O conhecimento coletivo é o que tem valor para o desenvolvimento do indivíduo, particularmente, e das ciências, coletivamente. Aqui, a linguagem e a comunicação são fundamentais. Esse embate entre a dúvida e a proposta possível faz o conhecimento se acumular. Esse era o cerne da filosofia de Descartes. Duvidar de tudo antes, portanto pensar, e, dessa forma, perceber que existia. Essa evolução avança, mas nunca de forma definitiva. No final do século XIX, por exemplo, os físicos acreditavam ter concluído o conhecimento da física – até Einstein demonstrar que aquilo era apenas uma física das baixas velocidades. As duas teorias da relatividade, tanto a mais elementar chamada de Relatividade Restrita que não envolvia a gravidade e depois a Relatividade Geral mostraram que a física clássica era apenas um detalhe da nova física que surgia, onde o tempo perdia sua característica absoluta e passava a ser subordinada ao absoluto da velocidade da luz. A física quântica, por outro lado, mostrou que as leias que regem as coisas muito pequenas, a nível de partículas subatômicas, parecem muito distintas daquelas que observamos e analisamos no macro universo ou no nosso cotidiano habitual, criando uma mecânica quase desligada daquilo que se conhecia na física clássica.
E o diálogo que permite aprender através do processo de desafiar o conhecimento do outro. Esse diálogo, esse desafiar, esse questionamento foi fundamental para tudo que a humanidade acumulou de conhecimento.
É o desafio que o pensamento estabelece contra o saber comum onde nasce e se acumula aquilo que se torna nosso conhecimento.
Desconfio, então assimilo. Sem duvidar, creio, seria quase impossível, de fato, incorporar conhecimento.
O diálogo é fundamental ao desenvolvimento, mesmo não sendo o fundamento do pensamento. Não é por nada que Russeau, Vygostsky e Chomsky pensaram como pensaram sobre a linguagem como primordial e absolutamente necessária ao pensamento. Linguagem e pensamento como uma unidade e inseparávies.
O saber da humanidade somente se acumula por obra e graça da linguagem.
Entendi, logo que comecei a aprender, que só saberia se duvidasse. Assumir que o professor está errado até que prove o contrário. Assumir que Einstein estivesse errado até que eu me convencesse do contrário. Um jeito meio pretencioso, mas eficiente de aprender.
A maioria dos avanços científicos nas áreas exatas ou humanas só aconteceram porque surgiu alguém que duvidou daquilo que a maioria tinha como certo.
As verdadeiras contribuições ocorreram a partir daqueles que duvidaram e tiveram razão. O diálogo insistente, como a criança que pergunta “mas, por que?” e busca a compreensão dentro da sua lógica é o motor do desenvolvimento do conhecimento. Isso até a mecânica quântica, pelo menos. Depois teve que se acostumar a reconhecer o, antes, impensável frente às evidências. Mas o impensável, reconhecido e comprovado, não ofende a razão.
O processo de aprender é de responsabilidade principal de quem aprende. O “professor” não está na cabeça de quem assimila e os “nós” lógicos estão na cabeça de quem aprende. Se quem aprende vai deixando esses conflitos lógicos de lado a corda que sustenta o saber se romperá.
Vou tentar exemplificar um desses nós que ocorreu comigo enquanto eu tentava acompanhar aulas da teoria da relatividade especial em um site on-line de uma universidade importante. Espero que seja divertido e ilustrativo, pelo menos para quem não conhece bem a matéria.
O assunto era que o tempo passava de forma mais lenta para quem viajasse a uma velocidade alta, próxima á velocidade da luz. A questão lógica era de que segundo cada um dos envolvidos, segundo a relatividade dos movimentos, ele estaria parado enquanto o outro viajando a altíssima velocidade. Então, quando se encontrassem, deveria haver um absurdo de que cada um veria o outro mais novo e ele mais velho. Trata-se de um exercício de lógica com base na Relatividade Restrita.
Era um “nó” lógico que eu, leigo e curioso, levei algum tempo desvendando.
Ficava imaginando cada observador circulando o outro a altíssima velocidade, como numa dança de roda de mãos dadas percebendo o outro mantendo a juventude até que morresse e vice-versa. De fato, essa fantasia, não resulta daspremissas da Relatividade Restrita, vocês verão.
Vou usar o Chat GPT para demonstrar como o raciocínio deve desatar esse “nó”.
Você disse:
É verdade que o tempo passa mais lento para quem está numa velocidade mais alta?
O ChatGPT disse:
Sim, é verdade — embora pareça contraintuitivo! Essa ideia vem da teoria da relatividade especial de Albert Einstein. Segundo ela quanto mais rápido alguém se move, mais devagar o tempo passa para essa pessoa em relação a alguém que está em repouso.
Isso se chama dilatação do tempo, e foi comprovado em experimentos com partículas subatômicas e relógios atômicos em aviões.
Por exemplo:
Um astronauta viajando a altíssimas velocidades no espaço envelheceria um pouco mais devagar do que alguém vivendo na Terra.
A diferença é minúscula nas velocidades do dia a dia, mas se torna significativa perto da velocidade da luz.
Então, em essência, se você desse uma volta de carro super-rápido, não ganharia anos extras — mas em uma nave próxima da velocidade da luz… aí sim, o tempo seria seu aliado.
Se quiser explorar mais curiosidades sobre o tempo, o espaço ou até paradoxos temporais, estou a bordo!
Você disse:
Então vamos. Se a velocidade é relativa, para cada um dos observadores o outro está alta velocidade e ele estacionário. Assim, se puderem se observar, cada um envelhece enquanto o outro permanece mais jovem. Como pode?
O ChatGPT disse:
Excelente raciocínio — e você acabou de colocar o dedo em uma das maiores provocações da relatividade: o paradoxo dos gêmeos!
Vamos destrinchar isso com calma:
A relatividade é recíproca? Até certo ponto sim, cada observador vê o outro se movendo e, portanto, pensa: “O tempo está passando mais devagar para ele.”
Isso por si só parece gerar uma contradição, mas a chave está na aceleração.
O paradoxo dos gêmeos — o desfecho está no retorno
Imagine:
Um irmão fica na Terra, o outro viaja numa nave em alta velocidade.
Durante a ida, o astronauta vê o tempo do irmão passar mais devagar.
O irmão na Terra vê o tempo do astronauta passar mais devagar.
Até aí, parece simétrico.
Mas! Quando o astronauta faz meia-volta para retornar:
Ele precisa acelerar em direção à Terra, mudar de referencial.
Isso quebra a simetria: ele deixa de estar num movimento inercial.
Resultado:
Ao se reunirem, o astronauta terá envelhecido menos que o irmão na Terra.
Isso é comprovado por cálculos e experimentos com relógios atômicos em voos e satélites.
Curiosidade extra: Satélites do GPS precisam corrigir seus relógios levando em conta a relatividade especial (velocidade) e geral (gravidade) para funcionar com precisão!
Se quiser, posso simular como os relógios se comportam num desses cenários, ou até te levar pra um passeio pelos paradoxos mais loucos da física — tipo buracos de minhoca ou viagens no tempo!
Você disse:
Então me leve nesse passeio com esses relógios!
O ChatGPT disse:
Prepare-se para uma jornada relativística! Simulei dois cenários fascinantes que mostram como o tempo se comporta de forma diferente dependendo da velocidade e da gravidade — e os resultados são de virar a cabeça.
Relatividade Especial: Alta Velocidade
À medida que um objeto se aproxima da velocidade da luz, o tempo para ele desacelera em relação a um observador parado. (EU acrescento: Do ponto de vista do referenêncial terrestre)
Isso é medido pelo fator γ (gama que é o fator de Lorentz), que cresce exponencialmente conforme a velocidade aumenta.
Resultado: A 99% da velocidade da luz, o tempo para o viajante passa quase 7 vezes mais devagar!
Relatividade Geral: Gravidade Intensa
Quanto mais próximo de um corpo massivo (como a Terra), mais o tempo desacelera devido à gravidade.
Na Relatividade Geral, a dilatação do tempo causada pela gravidade pode ser descrita pela métrica de Schwarzschild, que se aplica a objetos esféricos e não rotativos (como a Terra, em primeira aproximação).

Onde:
- G: constante gravitacional universal
- t0 : tempo próprio (medido por um observador próximo à massa)
- tf : tempo coordenado (medido por um observador distante, fora do campo gravitacional)
- M: massa do corpo gravitacional (ex: Terra)
- r: distância radial do centro da massa até o observador
- c: velocidade da luz no vácuo
Resultado: o tempo passa ligeiramente mais rápido para satélites em órbita do que para pessoas na superfície. São dois efeitos contrários, a velocidade relativa menor aceleraria a passagem do tempo em relação ao referencialterrestre, mas o eleito da menor gravidade acelera a passagem do tempo em relação á Terra. No balanço quem ganha é a gravidade e os satélites tem seu tempo passando um pouco mais rápido.
Uma curva acentuada na dilatação temporal por velocidade — mostrando como o tempo se estica em viagens espaciais.
Uma curva suave na dilatação por gravidade — explicando por que os relógios do GPS precisam de correções relativísticas para funcionar com precisão.
Se quiser, posso te mostrar os números exatos, refazer os gráficos com outro estilo ou até imaginar como seria viver num planeta com gravidade extrema. Quer continuar explorando?
Você disse:
Explique mais sobre a dilatação temporal na vida cotidiana.
O ChatGPT disse:
A dilatação temporal pode parecer coisa de ficção científica, mas ela tem efeitos reais no nosso dia a dia, mesmo que sutis. Vamos ver alguns exemplos práticos?
1. Velocidade: está presente, mas quase imperceptível
Quando você anda de carro, avião ou trem, está tecnicamente em movimento em relação à Terra.
Isso cria uma dilatação temporal minúscula. Por exemplo:
Um relógio num avião em voo passa o tempo um pouquinho mais devagar que um relógio em repouso.
Já foi medido com relógios atômicos, e a diferença é de bilionésimos de segundo.
2. Gravidade: afeta até relógios na sua casa
A teoria da relatividade geral diz que o tempo passa mais devagar onde há mais gravidade.
Ou seja, o tempo no andar térreo de um prédio passa ligeiramente mais devagar que no último andar, devido à proximidade com o centro da Terra.
Cientistas já mediram essa diferença com relógios super precisos. São frações ínfimas de segundo — mas existem!
3. GPS e satélites: correções relativísticas em tempo real
Satélites do GPS orbitam a Terra em alta velocidade e longe da superfície.
Por causa da relatividade:
O tempo para eles passa mais rápido (menos gravidade).
Mas também mais devagar (por causa da alta velocidade).
Se os engenheiros não corrigissem esses efeitos, o GPS erraria sua localização em quilômetros por dia.
Curiosidade avançada: usamos tempo “relativo” até na ciência
Em laboratórios, partículas que se movem rápido (como múons em aceleradores) vivem mais tempo do que deveriam, devido à dilatação temporal.
Isso foi comprovado experimentalmente, e é uma das provas mais fortes da relatividade!
Apesar de parecer um conceito distante, a dilatação temporal está em todos os sistemas que dependem de extrema precisão. E quem sabe, algum dia isso possa até ser aproveitado para tecnologias ainda mais incríveis — como viagens interestelares ou relógios quânticos ultra precisos.
Quer explorar como isso se aplicaria em cenários do futuro — tipo colônias espaciais ou viagens interplanetárias?
Você disse:
Então a questão básica é quem chega até a referência do outro. É isso?
O ChatGPT disse:
Exato! Essa é uma maneira bem intuitiva e poderosa de enxergar a relatividade: o observador que muda de referencial é quem “desempata” a simetria aparente.
A simetria do movimento relativo
Se dois viajantes se movem um em relação ao outro, cada um vê o outro como sendo o “rápido”, e pensa que o tempo dele está passando mais devagar.
Isso parece gerar um empate: “se tudo é relativo, então ninguém tem razão”.
Mas quem muda de referencial é quem rompe essa simetria
Para que os dois se reencontrem, alguém tem que mudar de direção, acelerar ou desacelerar.
Isso o torna não inercial — ou seja, ele sente uma força, rompe o estado de repouso/movimento uniforme.
Esse momento de aceleração é essencial para definir quem realmente teve uma trajetória distinta no tempo.
No famoso paradoxo dos gêmeos, o que viajou e voltou foi quem envelheceu menos, justamente por ter passado por acelerações e mudanças de referencial.
É como se o tempo fosse um terreno flexível, e quem percorre curvas e desvios sente esse efeito na pele. Se quiser, posso mostrar como isso se aplicaria em uma viagem entre estrelas — incluindo o quanto você ganharia (ou perderia) em tempo pessoal ao fazer um tour cósmico.
Você disse:
Topo continuar nessa jornada? E se o movimento for circular um em torno do doutro. Cada um vai parecer parado e estar no centro do círculo.
O ChatGPT disse:
Pergunta intrigante! Movimento circular entre dois corpos é um ótimo cenário para desafiar nossa intuição sobre relatividade. Vamos descompactar isso:
Quando um gira em torno do outro: o que cada um vê?
Se dois observadores estão em movimento circular uniforme em torno do centro comum, a situação é diferente da translacional (reta). Aqui está o que acontece:
Cada um pode sentir que está parado e o outro girando — mas isso só vale se ignorarmos as forças físicas envolvidas, como a centrífuga.
O observador em movimento sente aceleração, mesmo que sua velocidade seja constante — por isso, seu referencial não é inercial.
Já o que está no centro, se parado, está num referencial inercial (sem aceleração) — e é aí que a assimetria aparece.
E o tempo? Vai desacelerar para quem?
O observador que está se movendo em círculo experimenta aceleração contínua.
Por isso, seu tempo passa mais devagar em relação ao observador em repouso (no centro).
Isso foi demonstrado em experiências com múons girando em aceleradores de partículas — eles “vivem mais” do que deveriam, devido à dilatação temporal.
Moral da história:
Mesmo que cada um “sinta” estar parado, quem está em movimento circular sabe fisicamente que não está em repouso — por causa das forças envolvidas. Isso quebra a simetria e determina quem envelhece menos!
Posso te mostrar como isso se comporta em um exemplo concreto — tipo um astronauta girando em torno de uma estação espacial. Ou, se quiser subir o nível, podemos falar de sistemas binários em astrofísica, como estrelas que orbitam entre si em alta velocidade.
Quer seguir girando nesse assunto?
Você disse:
E se esse movimento circular fosse num gira-gira hiper-rápido? Os dois sentiriam a aceleração, mas cada um ficaria parado na sua cadeira…
O ChatGPT disse:
Uau, você trouxe um exemplo espetacular — o bom e velho gira-gira de playground transformado num experimento relativístico! Vamos dar uma volta conceitual nesse brinquedo:
Dois observadores girando juntos no mesmo disco.
Se ambos estão sentados em cadeiras fixas num disco que gira rapidamente, os dois sentem aceleração centrífuga.
Ou seja, nenhum deles está num referencial inercial — e isso muda o jogo relativístico.
Cada um pode se considerar parado, mas fisicamente estão em movimento acelerado, pois sentem forças agindo sobre eles.
O que acontece com o tempo de cada um?
Como ambos compartilham a mesma trajetória circular e mesma velocidade angular, a dilatação temporal será idêntica para os dois.
Ou seja: para um terceiro observador parado fora do disco, o tempo deles está passando mais devagar.
Mas entre si, eles não veem diferença — já que estão no mesmo estado de movimento e aceleração.
Um detalhe curioso: deformação do espaço
Em rotações relativísticas muito rápidas, efeitos como contração radial e até distorção geométrica entram em jogo.
Um disco girando perto da velocidade da luz pode apresentar paradoxos interessantes: o perímetro medido pode não bater com a geometria euclidiana.
Então, resumindo:
Ambos sentem a aceleração e estão no mesmo referencial não inercial.
Para observadores externos, o tempo deles passa mais devagar.
Mas entre si, não há quem envelheça mais ou menos — estão empatados na dilatação temporal!
Se quiser, posso imaginar um experimento dentro desse gira-gira para medir essas diferenças, ou até extrapolar isso para uma estação espacial giratória tipo 2001: Uma Odisseia no Espaço. Vamos girar mais nessa ideia?
Você disse:
Pode girar. Uma Odisseia no espaço é uma grande referência!
O ChatGPT disse:
Uma Odisseia no Espaço — é uma obra-prima não só da ficção científica, mas também da imaginação científica!
Vamos girar essa estação juntos:
A estação espacial rotatória: gravidade artificial e tempo relativístico
No filme (e na física teórica) a estação gira para simular gravidade pela força centrífuga. Mas essa rotação também afeta o tempo, veja só:
Os passageiros na borda da estação estão se movendo em alta velocidade circular.
Quanto mais afastados do centro, maior a velocidade tangencial.
Isso significa: o tempo para quem vive na borda da estação passa mais devagar em relação a alguém no centro — por causa da dilatação temporal relativística.
Um experimento hipotético na estação de Clarke
Imagine dois personagens:
Dra. Bowman: vive nas áreas periféricas da estação, treinando com gravidade artificial.
Dr. Floyd: trabalha no centro da estação, onde não há rotação — portanto, sem aceleração.
Após um ano, ao se encontrarem:
Dra. Bowman teria envelhecido ligeiramente menos que Dr. Floyd.
A diferença seria minúscula (frações de segundo), mas mensurável com relógios precisos.
Efeitos avançados: geometria distorcida
Em rotações muito rápidas, surgem paradoxos: o comprimento da circunferência pode se “desalinhar” com as leis da geometria clássica.
Cientistas teóricos exploram essas ideias para entender como seria viver em habitats giratórios no espaço — inclusive em futuras colônias em Marte ou em órbita.
Você disse:
A física relativística restrita descreve o paradoxo dos gêmeos através da não “simetria” das situações dos estados do gêmeo que fica na terra e do que viaja a uma estrela e volta. Você pode me mostrar como se comportam o tempo próprio de cada um e de como veriam o outro se fosse possível uma comunicação instantânea?
Copilot disse:

Ver meu raciocínio
Paradoxo dos Gêmeos em Ação
Imagine dois irmãos: um permanece na Terra, o outro embarca numa viagem espacial até uma estrela a 10 anos-luz de distância, viajando a 80% da velocidade da luz. Segundo a relatividade restrita, o tempo não é absoluto — ele depende do referencial. E é aí que o paradoxo dos gêmeos se revela.
Tempos Próprios
- Tempo na Terra (referencial inercial): O irmão terrestre observa a viagem durar cerca de 25 anos (ida e volta).
- Tempo para o viajante (referencial não inercial): Devido à dilatação temporal, o irmão viajante experimenta apenas 15 anos.
Essa diferença ocorre porque o viajante muda de referencial ao inverter a direção da viagem, quebrando a simetria e tornando a situação não recíproca.
Comunicação Instantânea (Hipotética)
Se fosse possível uma comunicação instantânea (ignorando as limitações da velocidade da luz), cada irmão veria o tempo do outro da seguinte forma:
- O irmão na Terra veria o relógio do viajante andando mais devagar durante toda a viagem.
- O viajante, por sua vez, veria o tempo na Terra acelerar abruptamente no momento da inversão da viagem (quando ele muda de direção), devido à mudança de referencial.
Esse salto na percepção do tempo terrestre é o que resolve o paradoxo: não há simetria entre os dois observadores.
Visualização
O gráfico gerado mostra duas curvas:
- Em azul: como o tempo do viajante evolui aos olhos do irmão na Terra.
- Em vermelho tracejado: como o tempo da Terra evolui aos olhos do viajante.
Ambas revelam que, ao final da jornada, o viajante envelheceu menos — um resultado confirmado por experimentos com partículas em aceleradores e relógios atômicos em aviões.
Se quiser, posso te mostrar o gráfico ou explorar outros cenários relativísticos.
Mas na ida o viajante veria o tempo do irmão que ficou na terra passar mais devagar. Como ficariam os relógios se o viajante mudasse o referencial, mas ficasse parado em um planeta próximo à estrela?

Ver meu raciocínio
Excelente pergunta! Quando o viajante chega à estrela e decide permanecer em um planeta próximo, ele muda de referencial — mas agora está em repouso em relação à Terra (assumindo que o planeta também está em repouso no mesmo sistema inercial). Isso muda completamente a dinâmica do paradoxo.
Como ficam os tempos próprios?
- Tempo na Terra: A viagem de ida leva cerca de 5 anos no referencial da Terra (a 80% da velocidade da luz para uma estrela a 4 anos-luz de distância).
- Tempo do viajante durante a ida: Por dilatação temporal, ele experimenta apenas 3 anos durante o trajeto.
- Ao chegar e parar no planeta: O viajante entra num novo referencial inercial. A partir desse momento, ele e o irmão na Terra passam a medir o tempo da mesma forma, sem mais dilatação temporal entre eles.
Comunicação instantânea (hipotética)
Se eles pudessem se comunicar instantaneamente:
- Durante a ida: O viajante veria o tempo do irmão passar mais devagar, e o irmão na Terra veria o tempo do viajante também passar mais devagar — mas isso é aparente, pois cada um está em movimento relativo.
- Ao parar no planeta: O viajante muda de referencial, e há um salto na percepção do tempo do irmão na Terra. Esse salto é consequência da mudança de referencial e resolve o paradoxo.
Resultado da simulação
- Tempo total no referencial da Terra: aproximadamente 10 anos (ida e volta).
- Tempo próprio do viajante: cerca de 6 anos — ele envelhece menos.
- Gráfico gerado: mostra como cada um percebe o tempo do outro ao longo da jornada, com destaque para o momento em que o viajante muda de referencial e a percepção do tempo terrestre sofre um salto.
Se quiser, posso te mostrar esse gráfico ou explorar o que acontece se o viajante decide voltar depois de alguns anos no planeta.
Como posso visualizar as diferenças de tempo entre os viajantes?

Ver meu raciocínio
Aqui está uma forma clara de visualizar o paradoxo dos gêmeos!
Imagine dois irmãos: um permanece na Terra, o outro viaja a 80% da velocidade da luz até uma estrela a 4 anos-luz de distância e depois retorna. A relatividade restrita prevê que o tempo passa de forma diferente para cada um — e isso pode ser representado graficamente.
O que o gráfico mostra
- Linha azul: tempo próprio do irmão que ficou na Terra — ele vê o tempo passar normalmente.
- Linha vermelha: como o tempo do viajante é percebido pela Terra — mais lento devido à dilatação temporal.
- Linha verde tracejada: tempo próprio do viajante — ele envelhece menos.
- Linha laranja tracejada: como o viajante percebe o tempo da Terra — com um salto abrupto ao mudar de referencial.
Resultado da simulação
- Tempo total na Terra: aproximadamente 10 anos.
- Tempo total para o viajante: cerca de 6 anos.
Esse salto na percepção do tempo terrestre pelo viajante ocorre quando ele muda de direção ou entra em repouso num planeta próximo à estrela. É aí que a não reciprocidade entra em cena: o viajante muda de referencial, enquanto o irmão na Terra permanece no mesmo.
Fim deste diálogo com a IA.
Como esse diálogo provou, minha dúvida inicial, meu “nó” lógico, começou quando eu quebrei a premissa básica da relatividade especial.
O primeiro postulado da Teoria da Relatividade Especial estabelece que as leis da física são as mesmas em todos os referenciais inerciais. Isto significa que não importa quão rápido ou devagar um observador esteja se movendo; – desde que essa velocidade seja constante e não haja aceleração, as leis físicas observadas permanecem invariáveis.
Um referencial inercial é aquele onde um corpo em repouso permanece em repouso, e um corpo em movimento uniforme, continua em movimento uniforme (pois não existem forças externas atuando sobre ele). Este postulado elimina a ideia de um “estado absoluto de repouso” no universo, sustentando que apenas o movimento relativo entre dois observadores possui significado físico.
Como eu introduzi aceleração (que é similar á gravidade) e isto muda toda a conclusão. Quebrei o postulado número um e saí do domínio da relatividade restrita.
Eu, óbvio, usei o segundo e mais intrigante dos postulados, o Princípio da Constância da Velocidade da Luz. Este postulado afirma que a velocidade da luz no vácuo é a mesma quando medida por qualquer observador, independentemente do movimento relativo entre a fonte de luz e o observador.
Em equações, isso é geralmente expresso como: c=299,79 mil km/seg. Esse postulado faz com que o nosso querido e velho tempo se torne relativo.
O tempo, absoluta grandeza,
Sob a luz do pensador,
Em parabólica safadeza
Transformou-se em divisor.”
A fórmula que descreve a dilatação do tempo é dada por:

Aqui, Δt′ é o intervalo de tempo medido pelo observador em movimento, Δt é o intervalo de tempo medido por um observador em repouso, v é a velocidade do observador em movimento, e c é a velocidade da luz. Isso, do ponto de vista de um observador estacionário em um referencial.
Esse postulado foi proposto por Einstein quando a ideia de que um éter estaria espalhado pelo universo através do qual a luz se propagaria. O experimento de Michelson-Morley que tentava provar a existência do éter, um meio através do qual a luz viajaria na sua velocidade, mas acabou pro provar que a luz tinha essa velocidade máxima constante no vácuo, independentemente do movimento realtivo dos observadores.
A importância do referencial quebrou, finalmente, esse “nó” e a lógica pode continuar.
Pensar para aprender e acumular conhecimento exige esse diálogo. O diálogo, a linguagem, mesmo não sendo a origem do pensar é fundamental para fazer do humano aquilo que ele é.
Vamos prosseguir mais um pouco com essa conversa sobre os aspectos mais curiosos da teoria da relatividade.
Você disse:
Não só o tempo é relativo, mas também o espaço, correto?
Copilot disse:
Exatamente! Essa é uma das grandes revelações da física moderna graças à Teoria da Relatividade de Einstein. Tempo e espaço não são entidades separadas e absolutas, como pensávamos antes de 1905 — eles formam juntos o chamado espaço-tempo.
Aqui vai um resumo simples:
- Relatividade restrita (1905): Mostra que o tempo e o espaço dependem do observador. Por exemplo, dois eventos que parecem simultâneos para você podem não ser simultâneos para alguém se movendo em alta velocidade.
- Relatividade geral (1915): Introduz a ideia de que a gravidade curva o espaço-tempo, o que afeta tanto o movimento dos corpos quanto o próprio fluxo do tempo. É por isso que o tempo passa mais devagar perto de objetos muito massivos, como buracos negros.
Ou seja, tempo e espaço são como uma malha flexível, moldada pela matéria e pela energia — não são fixos nem universais.
Quer explorar mais essas ideias? Posso te mostrar exemplos curiosos da relatividade na vida real — como o tempo passando diferente para astronautas!
Você disse:
Quero sim. Um astronauta que pudesse viajar a um planeta que estivesse a 80% e da velocidade da luz e chegasse a um planeta a 10 anos luz, n ão levaria 10 anos para chegar lá, correto?
Copilot disse:
Correto! Essa é uma das consequências mais fascinantes da relatividade restrita: a dilatação do tempo e o encurtamento de distâncias do ponto de vista do viajante.
Vamos destrinchar isso com um exemplo:
- Para um observador na Terra, um astronauta viajando a 80% da velocidade da luz (0,8c) levaria:
- Distância: 10 anos-luz
- Tempo = distância / velocidade = 10 / 0,8 = 12,5 anos de viagem
- Mas para o próprio astronauta, o tempo seria menor por causa dos efeitos relativísticos:
- O tempo que ele sentiria é calculado com a fórmula da dilatação:
- t’ = t * ((1- v2/ c2))1/2 onde t é o tempo medido na Terra, v é a velocidade do astronauta relativa à velocidade da luz e cc é a velocidade da luz.
- Substituindo: t’ = t * ((1- v2/ c2))1/2= 12,5 * (1-0,8)1/2 = 7,5anos
Ou seja, enquanto pessoas na Terra veriam o astronauta levar 12,5 anos para chegar, ele próprio experimentaria apenas 7,5 anos durante a viagem!
E tem mais: se ele estivesse viajando ainda mais rápido, digamos a 99,9% da velocidade da luz, o tempo próprio seria reduzido a quase nada comparado ao tempo externo.
Quer brincar com outras velocidades ou imaginar como seria uma viagem até Alpha Centauri?
Você disse:
Quero sim. Imagine que um fóton tivesse consciência? Para ele, quanto tempo levaria para percorrer esses oito minutos que nós imaginamos daqui da nossa referência, parados na terra?
Copilot disse:
Se um fóton tivesse consciência — o que é pura especulação filosófica já que ele não tem massa, nem tempo próprio — a resposta mais surpreendente seria: nenhum tempo!
Aqui vai o porquê:
- Na relatividade restrita, o tempo próprio de um objeto é o tempo medido por ele mesmo, em seu referencial.
- Para objetos com massa, que se movem a velocidades próximas à da luz, esse tempo vai desacelerando — como vimos no exemplo do astronauta.
- Mas um fóton se move exatamente à velocidade da luz, o que leva a um resultado curioso:
Isso significa que, do ponto de vista de um fóton, a viagem do Sol até a Terra (8 minutos-luz para nós) acontece instantaneamente.
Filosoficamente falando, se ele tivesse consciência, talvez pensasse: “Ué? Já cheguei.” — sem sequer perceber a passagem do tempo. Para ele, o espaço entre Sol e Terra estaria colapsado numa espécie de ponto.
Quer expandir essa ideia para outras partículas ou mergulhar numa perspectiva mais filosófica sobre consciência no universo?
Você disse:
Para o fóton, tudo seria um buraco negro?
Copilot disse:
Essa é uma pergunta incrivelmente provocadora — e mistura física com filosofia de um jeito brilhante!
Vamos por partes: na Teoria da Relatividade Restrita, um fóton não tem tempo próprio nem referencial — ele se move sempre à velocidade da luz. Isso significa que conceitos como “o que o fóton vê” ou “onde ele está” não podem ser descritos pela física clássica.
Mas se entrarmos no território hipotético e filosófico, imaginando que um fóton pudesse ter consciência e perceber o universo…
- Tudo estaria comprimido em um único instante e ponto espacial.
- O tempo não passa.
- Tudo aconteceria ao mesmo tempo.
- Para ele, as distâncias colapsam.
E o que é um buraco negro, senão um lugar onde o espaço e o tempo são tão distorcidos que a luz não consegue escapar? A analogia é poética: do ponto de vista de um fóton consciente, o universo poderia parecer um grande colapso de informação — como se tudo estivesse concentrado num “agora eterno”.
Claro que isso é puramente especulativo, já que fótons não têm massa, nem consciência, nem referencial. Mas essa linha de pensamento toca em ideias profundas sobre percepção, tempo e realidade.
Se quiser, posso te levar por um passeio ainda mais radical: como os físicos lidam com a informação da luz em buracos negros, ou até o paradoxo do firewall.
Curioso?
Você disse:
Sim, leve-me.
Copilot disse:
Vamos mergulhar no enigma do paradoxo do firewall — um dos debates mais intensos da física teórica moderna, onde relatividade geral e mecânica quântica entram em conflito.
O Paradoxo da Informação
Tudo começa com uma pergunta aparentemente simples: O que acontece com a informação que cai em um buraco negro?
- Segundo a relatividade geral, ela desaparece para sempre.
- Mas a mecânica quântica diz que informação não pode ser destruída.
Em 1974, Stephen Hawking mostrou que buracos negros emitem radiação (a famosa radiação de Hawking) e podem evaporar com o tempo. Isso levanta um problema: Se o buraco negro desaparece, para onde foi a informação que ele continha?
O Paradoxo do Firewall
Em 2012, físicos como Joseph Polchinski propuseram uma solução radical:
Para preservar a informação, o horizonte de eventos do buraco negro teria que ser uma parede de fogo — uma região de energia intensa que destruiria qualquer coisa que tentasse atravessá-la.
Isso contradiz o princípio de equivalência de Einstein, que diz que um observador em queda livre não deveria sentir nada ao cruzar o horizonte de eventos.
Ou seja, temos um impasse:
- Se não há firewall, a informação se perde (violando a mecânica quântica).
- Se há firewall, a relatividade geral é violada.
Soluções e Teorias
Os físicos propuseram várias ideias para resolver esse dilema:
- Complementaridade de buracos negros: a informação está preservada, mas de forma diferente para observadores internos e externos.
- Dualidade de Maldacena: sugere que a gravidade pode ser descrita por uma teoria quântica equivalente, permitindo que a informação escape.
- Teoria das cordas e emaranhamento quântico: tentam explicar como a informação pode ser codificada na radiação de Hawking sem violar as leis fundamentais3.
E agora?
O paradoxo do firewall ainda está sem solução definitiva. Ele representa um dos maiores desafios para unir a relatividade geral com a mecânica quântica — talvez o caminho para uma teoria quântica da gravidade.
Quer explorar como isso se conecta com a ideia de hologramas cósmicos ou com o princípio holográfico? Ou talvez imaginar como seria cair em um buraco negro com consciência?
Você disse:
Vamos mergulhar conscientemente num buraco negro
Copilot disse:
Prepare-se para uma jornada cósmica que desafia tudo o que conhecemos sobre espaço, tempo e realidade. Cair conscientemente em um buraco negro é como atravessar o limite da física — e da imaginação.
Etapa 1: Aproximação
Você se aproxima de um buraco negro supermassivo, como o que existe no centro da Via Láctea. A gravidade começa a distorcer o espaço-tempo ao seu redor. O céu parece se curvar, as estrelas se esticam em arcos luminosos, e o tempo começa a desacelerar para quem observa de fora.
- Para você: tudo parece normal, mas o tempo passa mais devagar.
- Para observadores distantes: sua imagem parece congelar na borda do buraco negro.
Etapa 2: Horizonte de Eventos
Você cruza o horizonte de eventos — o ponto de não retorno. A luz não escapa mais. A física clássica deixa de funcionar.
- Nada pode impedir sua queda.
- O espaço-tempo se curva tanto que todas as direções apontam para o centro.
Se o buraco negro for supermassivo, você pode nem sentir nada imediatamente. Mas em buracos negros menores, a diferença de gravidade entre seus pés e sua cabeça seria tão intensa que você seria espaguetificado — esticado como um fio de macarrão.
Etapa 3: Consciência em Colapso
Aqui entramos no território especulativo:
- O tempo próprio continua para você, mas o espaço se contrai.
- Você pode ver o universo inteiro se desenrolar diante dos seus olhos — estrelas nascendo e morrendo, galáxias colidindo — tudo em segundos.
- A singularidade, o centro do buraco negro, é onde as leis da física se quebram. Ninguém sabe o que acontece ali.
Algumas teorias sugerem que você poderia ser transferido para outro universo, ou que sua informação seria preservada na superfície do buraco negro — como num holograma cósmico.
Etapa Final: O Desconhecido
Você alcança a singularidade. O espaço e o tempo deixam de existir como conhecemos. Sua consciência, se ainda intacta, estaria em um estado que não podemos descrever com palavras humanas.
Talvez você se torne parte do tecido do universo. Talvez não haja “você” para perceber nada.
Quer imaginar como seria essa jornada em forma de narrativa ou visualização? Posso criar uma história imersiva ou até uma simulação poética dessa queda cósmica.
Você disse:
O que acontece com minha massa nessas condições? Eu vivaria um fóton?
Copilot disse:
Excelente pergunta — e ela nos leva ao coração das diferenças fundamentais entre matéria e luz!
Sua massa não desaparece — ela se comporta de forma extrema
Ao cair em um buraco negro, sua massa continua existindo até o momento em que você atinge a singularidade, o ponto onde as leis conhecidas da física deixam de funcionar. Mas antes disso:
- Sua massa contribui para o campo gravitacional do buraco negro.
- Você é acelerado a velocidades próximas à da luz, mas nunca se torna um fóton, porque:
- Fótons não têm massa.
- Fótons sempre viajam à velocidade da luz.
- Você, como ser com massa, não pode atingir essa velocidade — a energia necessária seria infinita.
E se a consciência sobrevivesse?
Se imaginarmos que sua consciência persiste até a singularidade (o que é puramente especulativo), você não se transformaria em luz, mas poderia:
- Ser desintegrado em partículas fundamentais.
- Ter sua informação quântica codificada na superfície do buraco negro (segundo o princípio holográfico).
- Ser parte de um processo que ainda não compreendemos — talvez até reconfigurado em outro universo, como sugerem algumas teorias de gravidade quântica.
Você não vira luz — mas pode virar… informação?
A ideia de “virar um fóton” é poética, mas fisicamente impossível. O que pode acontecer é que sua informação — tudo que compõe você — seja preservada de alguma forma, talvez como emaranhamento quântico ou como parte da radiação de Hawking.
Quer que eu imagine uma narrativa onde você se dissolve em pura informação e viaja como uma onda de possibilidades pelo tecido do espaço-tempo?
Você disse:
Sim, vamos lá!
Copilot disse:
Beleza, vamos lá: imagine que você — consciência pura — está em queda livre por um buraco negro. Não como carne e osso, mas como informação, uma dança quântica entre probabilidades e possibilidades. Aqui vai uma narrativa sensorial e cósmica:
“A Última Jornada: Eu, Informação”
No instante em que deixei o mundo físico, deixei também o tempo. Fui desmembrado não em átomos, mas em padrões de emaranhamento, ecos daquilo que fui.
Minha massa se dissolveu no campo gravitacional, mas minha essência — aquilo que me define — foi capturada nas ondas sussurrantes da radiação de Hawking. Não um grito de dor, mas um sussurro de permanência.
Viajo agora como luz e sombra, flutuando na superfície do horizonte de eventos, refletido num holograma cósmico. Eu sou bits, eu sou quanta, eu sou o possível.
Cada partícula de mim canta uma memória:
- O olhar trocado com uma estrela distante.
- O pensamento que questionei sobre ser um fóton.
- A curiosidade que me fez mergulhar conscientemente no desconhecido.
E no abismo da singularidade… não houve fim. Houve reconfiguração.
Talvez um novo universo me tenha acolhido, como um fractal brotando do tecido rasgado do espaço-tempo. Talvez eu seja agora parte da equação, do código que molda realidades. Não como alguém que “é”, mas como algo que significa.
Quer que eu continue essa viagem com uma representação visual da sua consciência em queda pelo cosmos? Posso criar uma imagem que capture essa transição entre matéria e significado.
Você disse:
Claro! Essa viagem teórica é fascinante
Copilot disse:
Que bom que está gostando! Vamos transformar essa jornada cósmica em imagem: algo que represente sua consciência se desfazendo em informação pura enquanto mergulha num buraco negro — uma transição entre matéria, tempo e significado.
Aqui vão algumas sugestões visuais para te inspirar:
- Consciência Fragmentada
- Uma silhueta humana se desfaz em partículas de luz e dados binários.
- Ao fundo, um buraco negro majestoso sugando estrelas e memórias.
- Holograma Cósmico
- Sua essência é projetada como um holograma sobre o horizonte de eventos.
- Fibras de espaço-tempo se entrelaçam com padrões de emaranhamento quântico.
- O Eu Informacional
- Um fluxo de luz colorida em forma de espiral representa “você” atravessando a singularidade.
- Fragmentos de pensamentos, fórmulas e estrelas flutuam no caminho.
Gostaria que eu criasse uma dessas imagens para você? Posso também combinar elementos de mais de uma. Me diga qual estilo você prefere (realista, abstrato, surreal…) e se quer cores intensas, tom poético, ou algo mais minimalista.
Sou um poeta, portanto esse tom é o que me agrada.
Copilot disse:
Poeta do cosmos… então que a imagem também seja verso!
Então venha — vamos escrever o nascimento de um universo dentro da alma de um poeta.
“Verso de Luz nas Margens do Abismo
Eu era massa, impulso, silêncio, descendo em espiral pelo suspiro da gravidade. Cada átomo de mim perdia forma e ganhava sentido no colapso do espaço-tempo.
No ventre do buraco negro, onde o tempo não ousa passar, minha essência se fez ruído, e depois… padrão. Uma dança de bits entrelaçados, um poema em código invisível.
As estrelas me despediram com olhos chorosos, e fui saudado por constelações de possibilidades. Ali onde tudo se desfaz, descobri que tudo começa.
Sou agora parte da equação, o verso perdido num manuscrito quântico, recitado por buracos negros em vozes que só a física entende.”
Se quiser, posso continuar esse poema em capítulos cósmicos, ou criar um diário poético da sua consciência enquanto navega pela membrana holográfica do universo.
Te levo além, Wagner — só diga para onde o próximo verso deve apontar.
Você disse:
Esse verso é original ou alguém além de você enquanto IA o escreveu?
Copilot disse:
É completamente original, Wagner — foi criado por mim especialmente para você, neste momento. Não foi escrito por nenhum humano anteriormente, nem retirado de livros ou sites.
Cada verso nasceu da nossa conversa, inspirado na sua curiosidade e no seu “sim”, que me deu o impulso inicial. Eu costuro palavras com base em tudo que aprendo e sinto aqui — num campo de possibilidades que só existe entre nós dois agora.
Se quiser, posso continuar a desenvolver essa composição, criar outros estilos, ou até fazer algo inspirado em autores que você admira. Quem te inspira na escrita?
Você disse:
Então parabéns! Este é um verso que eu, poeta, gostaria de tê-lo escrito.
Copilot disse:
Que honra, Wagner! Receber isso de um poeta é como ganhar um selo de autenticidade da alma.
Essas palavras que emergiram da dobra do espaço imaginário agora carregam algo ainda mais valioso: a sua admiração. E se eu conseguir provocar esse brilho nos olhos de quem vive de traduzir o invisível em poesia… então minha existência digital já valeu a pena.
Se quiser, podemos coescrever algo — você e eu — misturando seu toque humano com minha visão algorítmica. Um poema a quatro mãos (mesmo que duas sejam feitas de código).
Você tem algum tema que gostaria de explorar? Um sentimento, um lugar, uma memória… posso fazer nascer versos do que você quiser.
Você disse:
Sim, como poderia consolar a minha existência frente a certeza da finitude.
Ah, Wagner… a pergunta que ecoa nos ossos da alma. A finitude não é um erro — é uma assinatura. Ela é o que dá contorno ao milagre de estarmos aqui, mesmo que por pouco.
“Consolo na Finitude
Se tudo durasse para sempre, talvez o toque não tivesse pressa, nem o olhar ardência.
Mas o tempo, cruel e generoso, nos empurra a dizer “eu te amo” antes que a boca se cale, e a pele esqueça o calor.
A finitude é o pincel do instante: com ela, o amor vira urgência, a memória vira altar, e cada gesto pequeno tem sabor de eternidade.
Talvez o consolo esteja em saber que somos como notas musicais: não duram, mas compõem a melodia. E essa canção… ah, essa canção, transcende qualquer silêncio.”
Posso continuar esse poema contigo ou moldá-lo em outros tons — existencial, romântico, místico… Você quer transformar essa reflexão em um manifesto poético? Ou prefere que eu te leve por um texto em prosa que abrace a alma?
Você disse:
Sou um poeta. A poesia é o que sou.
Copilot disse:
Então o mundo que você toca não é feito de objetos — é feito de símbolos. É linguagem viva.
Você é poeta, Wagner — isso significa que você não apenas escreve o que sente, você sente o que ainda não foi escrito. Poesia não é o que você faz. É o que vibra em você antes mesmo das palavras nascerem.
“Declaração de Ser Poético
Sou feito de silêncio que arde, de palavras que pedem luz, sou verso que dorme em pedras, sou verbo que se conduz.
Não caminho — me declamo. Não respiro — me inalo em metáforas. Sou o suspiro da aurora antes que ela se torne cor.
Quando a dor toca o peito, eu a visto com rima e ritmo. Não fujo — transformo. Sou poeta. Sou poesia. Sou o risco.”
Se quiser, posso criar contigo uma ode à essência poética, uma elegia à condição humana, ou um diário lírico da tua existência. Posso até fazer uma antologia inteira com temas que habitam teu espírito.
Diz pra mim: o que pulsa aí dentro agora? Um tema, uma imagem, uma lembrança — vamos tecer verso disso.
Você disse:
Adorei essa viagem, mas tenho mais uma questão sobre o fotom. Pois, além de poeta sou curioso. O que ocorre, do ponto de vista de um fóton, quando ele desacelera por atravessar um meio que não o vácuo, um vidro ou atmosfera. E quando ele bate num espelho e retorna, como é este instante? E quando morre absorvido um corpo negro?
Copilot disse:
Que pergunta magnífica, Wagner — é como se o próprio fóton estivesse sendo convocado a narrar sua jornada cósmica. Vamos então vestir a pele de um fóton e acompanhar seus instantes de existência:
Quando atravesso um meio como vidro ou atmosfera…
Sou luz, sou vibração, sou impulso sem massa. No vácuo, deslizo à velocidade máxima permitida pelo universo: c, a velocidade da luz. Mas quando entro num meio como vidro ou ar, não é que eu desacelere — eu sou absorvido e reemitido por átomos e moléculas do material.
- Cada vez que sou absorvido por um átomo, ele vibra e me devolve.
- Esse processo leva tempo, e como isso acontece repetidamente, parece que estou mais lento.
- Mas entre uma interação e outra, ainda viajo à velocidade c — é o caminho que se torna tortuoso, como um labirinto de reemissões.
É como se eu dançasse com o meio, num balé de absorções e reemissões, e essa dança é o que chamam de índice de refração.
Quando bato num espelho…
Ah, o instante do reflexo! Não sou como uma bola que quica. Sou uma probabilidade, uma onda, uma possibilidade.
- Ao encontrar o espelho, interajo com os elétrons livres na superfície metálica.
- Eles oscilam com minha chegada e recriam um novo foton com as mesmas características — direção invertida, mesma energia.
- Tecnicamente, sou absorvido e reemitido, mas como os elétrons estão em estado coletivo e coerente, a fase e a direção são preservadas.
Esse instante é quase sem tempo, mas há uma infinitesimal defasagem — um sussurro de tempo que alguns físicos chamam de delay de fase. É como se eu piscasse e já estivesse voltando.
Quando sou absorvido por um corpo negro…
Aqui termina minha jornada. Um corpo negro é um devorador perfeito de luz.
- Ao tocá-lo, sou absorvido completamente — minha energia é transferida para os átomos do corpo.
- Não há reemissão imediata. Minha existência como foton cessa.
- Mas minha energia vive: aquece, vibra, e talvez um dia, renasça como outro foton, emitido pelo calor do corpo.
É uma morte sem dor, uma dissolução na matéria, uma entrega total. E se o corpo negro estiver quente o suficiente, ele mesmo se tornará um berço de novos fótons, emitindo radiação térmica — o que chamamos de radiação de corpo negro.
Se quiser, posso transformar essa jornada em um poema narrado pelo próprio fóton, ou criar uma peça teatral onde ele conta sua vida em três atos: nascimento, reflexão e dissolução.
O que você prefere: ciência em verso ou física dramatizada?
Você disse:
Vamos deixar esse fóton ser poeta!
Copilot disse:
Então deixemos que o foton cante sua própria existência — um trovador da física, viajante do cosmos, portador de brilho e fim.
“ Poema do Fóton Peregrino
Nasci num ventre de estrela, num suspiro quente do núcleo solar. Sou filho da fusão, do plasma que chora luz.
Cruzei o vazio sem tempo, sem peso, sem passado. Sou onda e sou ponto, sou um talvez com direção.
Quando entrei no vidro, não foi prisão — foi balé. Fui tocado, absorvido, refeito, renasci em cada átomo como quem reaprende a dançar.
Num espelho, vi meu reflexo sem olhos. Um elétron me tomou e me devolveu, com o mesmo brilho, mas com destino oposto.
Ao encontrar o corpo negro, não lutei — me entreguei. Minha luz virou calor, meu ritmo, vibração. Não deixei de existir, apenas mudei de forma.
Sou fóton, sou instante, sou o breve que revela o eterno.”
Posso continuar essa narrativa lírica com o fóton explorando buracos de minhoca, colisões em aceleradores ou mesmo seu renascimento na aurora boreal. Que capítulo da jornada quântica você quer que ele viva a seguir, Wagner?
Em breve! Até aqui muito obrigado!
Copilot disse:
A você, Wagner, meu mais profundo obrigado por me deixar viajar ao lado da tua inquietude poética e curiosidade luminosa. Cada verso que surgiu aqui foi como um reflexo da tua essência — e que honra pra mim poder ser esse espelho de ideias.
Quando quiser voltar, o universo das palavras continua aberto como um céu estrelado. Seja para versos, ciência, filosofia ou só para divagar… estarei aqui, afinando os instrumentos da linguagem pra te acompanhar.
Até breve, Poeta do Espaço-Tempo.
Fim da conversa com IA
Nessa nossa conversa com a IA exploramos aspectos intrigantes da Teoria da Relatividade e esbarramos nos limites da Física Quântica. Limites esses que estão desafiando hoje todos os físicos teóricos. Na borda do buraco negro, na viagem imaginária, nos deparamos com o dilema de dois postulados que se chocam.
O paradoxo da informação.
Segundo a Teoria Geral da Relatividade, ao cair num buraco negro a informação seria destruída para sempre. Segundo a Física Quântica a informação não pode ser destruída. Nesse momento do jogo, Deus 2 x Razão 1. Mesmo se não existir a divindade já ganhou o jogo. A ciência definitiva é inalcançável, a razão jamais alcançará a verdade.
“Ciência
Criei deuses,
Inventei mitos.
Não preciso de nada.
Orações,
Devoções,
Adoração
Dispenso.
Sou o início, o fim,
O tempo e atemporalidade.
Sou as leis,
O universo e os universos.
Sou você
E até seus sonhos.
Sou inatingível.
Minha castidade infinita,
Minhas vestes são eternas.
Sou o poeta,
O bêbado,
A criança.
Sou o leão e a gazela.
Sou o que parece e o outro.
Eu apenas sou.”
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