
Se o éter existisse as coisas seriam mais simples
Durar seria certeza, não dependeria de mim
Que me movo pelo Universo montado no nosso Planeta
Girando em torno do sol, a percorrer a Via Láctea,
Brincando com outras estrelas em torno de Sag-A,
O devorador de matéria mais guloso da galáxia,
Que vomita o que devora, pois não tem como aguentar
A comilança tremenda com que quer se alimentar.
Por mais que alguém tentasse as medidas não saíram,
Saiu sim uma outra coisa que mudou toda ciência
E tornou o passar do tempo uma pobre anomalia
Numa síntese intrincada com o espaço que nascia.
Surgiu um titã mais forte, imutável redutor,
Mais estável que a idade, implacável corredor,
Vencendo até a eternidade que se julgava senhora
Da história de nós todos e que servia de juíza
Dos fatos e de todas as guerras, dos poetas e pensadores,
De sábios que confiaram no seu passar triunfante.
Foi morrer em vã destraça, singelo denominador
Do senhor da nova ciência, definidor da verdade,
Trazendo em jugo o nosso tempo, num simples facho de luz.
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