
O povo da Grécia antiga
O tempo em tempos pensou.
Desde Cronos, tempo finito,
Que mede o tempo que passou.
Kairós é um tempo outro,
Pois desconhece a razão.
Depende de sentimentos,
Tempo de imaginação.
Tempo antes dos tempos
É Aion, das divindades,
Um tempo antes de tudo,
Antes mesmo da verdade.
Aion contempla universos,
Os mesmos que Kronos domou,
Alheio, Kairós, tempo da alma,
O próprio tempo transformou.
Kairós nos emociona,
Aion não compreendemos.
O tempo que importa
Corre inverso ao que vivemos.
Esses tempos acumulam
O peso da toda maldade.
Eternidade absoluta
Esgotaria a vontade.
Culpa por coisas malfeitas,
Falta do que foi perdido
Pesam nos ombros dos vivos.
Insuportável castigo.
Sem dispor de finitude,
Uma tristeza infinita
Imporia ao imortal
Sina cruel e maldita.
Transcendentes ou furtivos
Por amor, não maldade,
Este tempo engole os filhos
Em sinal de piedade.
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