
Meu avô que falava muito,
Acabava se repetindo.
As histórias que ele mais contava
Não passavam de umas quatro ou cinco.
Essas eram as mais contadas
Dentre, talvez, dúzia e meia.
As mais raras, talvez não gostasse,
As frequentes lhe valiam a feira.
Além das histórias que eram contadas
Trazia junto essa sua mania,
Carregar no bolso seu cebolão de corda
Que fora útil na maquinaria.
SPR em grafia cursiva
Vinha gravado como num troféu.
Preso à corrente e no bolso devido
O velho relógio ele sempre vestia.
Se houver um Deus e ele for paciente,
O velho Alberto lhe faz companhia.
Na onisciência, sempre sabe a história,
Na eternidade, nunca perde a hora.
Deixe um comentário