WAGNER RODRIGUES POETA E CRONISTA

TEXTOS ORIGINAIS E PUBLICADOS NOS LIVROS DO AUTOR

O homem que falava muito (Poema de No limite da consciência)

Meu avô que falava muito,

Acabava se repetindo.

As histórias que ele mais contava

Não passavam de umas quatro ou cinco.

Essas eram as mais contadas

Dentre, talvez, dúzia e meia.

As mais raras, talvez não gostasse,

As frequentes lhe valiam a feira.

Além das histórias que eram contadas

Trazia junto essa sua mania,

Carregar no bolso seu cebolão de corda

Que fora útil na maquinaria.

SPR em grafia cursiva

Vinha gravado como num troféu.

Preso à corrente e no bolso devido

O velho relógio ele sempre vestia.

Se houver um Deus e ele for paciente,

O velho Alberto lhe faz companhia.

Na onisciência, sempre sabe a história,

Na eternidade, nunca perde a hora.

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