
Prometeu-me eternidade na condição exigida,
Deveria ter só fé no caminho só de ida,
Manter os olhos fechados e a mente adormecida,
Sem desvios dessa toada, sem questões ou recaídas.
Parecia até bem simples a demanda recebida!
Recompensas bens felizes foram todas prometidas.
Bastava o torpor na viagem e a mente ressequida,
Bastava o fruto deixar na árvore da morte e da vida.
Então veio a serpente despertar – na consciência –
O desejo de entender as questões dessa existência.
O porquê de estar ali, entender toda ciência
Que afinal fora plantada como fato ou evidência.
Escolher entre o saber ou a sorte prometida,
Namorar com a verdade ou estar de bem com a vida.
Aceitar com ignorância as promessas tão queridas
Ou queimar no fogo eterno da ciência pretendida.
Minha escolha, então, foi feita, por vontade ou por amor.
O engano foi lançado, só não sei o seu autor.
Deixe um comentário