
Não escolhia a vida
Tampouco escolhi quem sou.
Nascer já é despedida,
À morte é para onde eu vou.
Os átomos que o corpo empresta
Não puderam decidir
Como não pode a vida
Seu momento de partir.
O vento nos seus cabelos
Surgiu no primeiro instante,
Assim como espaço e tempo
Das leis ele é resultante.
Arbítrio só é verdade
Nas hordas da ilusão.
A escolha somente existe
Em sonhos e imaginação.
Este Deus amordaçado
A si próprio atou as mãos.
Deixou seus olhos vendados
E à sua sorte a criação.
Não escolhi a vida,
Tampouco escolhi quem sou.
Nascer já é despedida,
À morte é para onde eu vou.
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