
Os deuses se reuniram
Para definir, afinal,
Qual era o deus entre os deuses
A se aclamar entre eles
Tornando-se o primordial.
Entre os politeístas,
Que trouxeram sua torcida,
Estava Zeus, muito culto,
Por ter abrigado, em tributo,
A grande Escola de Atenas.
Entre os deuses de Roma,
Escolhido meio às pressas,
Júpiter superou Apolo
Que se ocupara com Juno
Em colóquio celestial.
Odin chegou bem nervoso
Por causa de Ragnarok.
Entre os deuses, surpreendia.
Era o único que conhecia
Sua morte e seu final.
Os dois deuses desses primos
Chegaram em acusações:
Jeová reclamava de plágio,
Enquanto Alá retrucava
Que, ao menos, não engravidara
A mãe do povo cristão.
Muitos mais foram chegando,
Deus selvagem, deus sacana,
Tinha deus de todo tipo,
Deus eterno, deus erudito,
Deus do inferno e do infinito.
Todo deus, como é sabido,
Tem um ego colossal!
Como todo-poderoso
Cada um tinha certeza
De ser ele o maioral.
Não houve a possibilidade
Da coisa sair só no papo,
Na base da democracia.
A escolha seria no tapa,
Só assim, então, fluiria.
Não posso contar o que houve,
Está muito além do meu tema.
É bom deixar por aqui,
Melhor terminar o poema.
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