
Figura ascorosa e assaloiada
De coaxar grave e escabroso.
Pousa no charco a criatura
Inchando o papo trompete
Que lembra em forma o jaz
Tocado à Dizzy Gillespie.
Mas eis que surge a linda garça.
Na suavidade de sua graça silente,
Em traços alvos e delgados
Presta ao pântano sublime arte
Que a fealdade do sapo
Quase desaparece.
O anfíbio pasma que no brejo
A linda garça repouse tão lá perto,
Com suas lindas penas e pernas tão esbeltas.
Então a garça dele se aproxima…
Roça suas plumas, toca com bico…
Que seu coração dispara além da morte.
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