
Procuro tua face entre galáxias e estrelas.
Revolvo moléculas, átomos e partículas gregas.
Na vastidão dos oceanos,
Na imensidão do universo,
Na infinitesimal parte da matéria vasculho…
E só encontro o véu imenso que cobre o teu rosto.
Ouço muitas vozes em montanhas e desertos,
Sons de riachos irrequietos, de ventos instáveis,
Vozes de tormentas indecifráveis
E ensurdecedores sons de estrelas deglutidas.
Será alguma delas realmente a tua?
Quiçá nem mesmo fales
E o que ouço são ecos de vozes primárias
Que voltam do infinito.
Talvez nem te ocupes de existir…
Me abandonas desesperançado,
Procurando e procurando…
Até que eu mesmo me junte a ti.
Deixe um comentário