
Do Tejo partiam as naus
A descobrir novos mundos,
Desafiando tormentas
Em oceanos profundos.
Carregavam água doce
E um bocado de vinho,
Para chegar aonde fosse
Desconhecendo o caminho.
Bons leitores de estrelas
Apontavam ao ocidente
As proas de suas naves
Que singravam imponentes.
No Tejo os esperavam
As mulheres em temores,
Saudosas de seus parceiros,
Chorosas sem seus amores.
Hoje o Tejo é só lembrança
Das aventuras e tristezas,
Pois é certo que alguns voltaram,
De muitos não há tal certeza.
Sem seus reis, se acabaram
As aventuras dos lusos.
Nesta Europa não vingaram,
Só lá estão, tristes, confusos.
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